
Acendo um cigarro e olho o horizonte. Perco-me nesse mar longínquo e deixo que a brisa fria do mar me invada. Um arrepio de frio puxa-me para a realidade, obriga-me a adiar os meus devaneios naquela ilha perfeita. Ah aquela ilha perfeita!. . . Aquela ilha onde sei que me vou refugiar vezes sem conta, onde o tempo não passa e a dor não me toca, aquela ilha onde podemos ser felizes e onde tudo é perfeito.
A realidade vem, oiço o barulho dos carros, um cão a ladrar, uma criança que chora.
O corpo volta, lentamente, à realidade. A mente, essa, continua a voar porque sabe que a realidade dói. A realidade em que nós não existimos, onde o tempo passa e a dor insiste em fustigar-me.
Inspiro, lentamente, e regresso. Regresso sozinha mas acompanhada, trago as lembranças daquela ilha perfeita. E por pequenos instantes permito-me ser feliz.
Sinto a brisa fria do mar e apago o cigarro.
Rendo-me à dor, às evidências. . .
Já não sinto nada.
Já não sei lutar.
2 comentários:
saberás sempre lutar, porque quando achares que não consegues mais levantar-te, eu estarei aqui para ser a tua bengala e lutar a teu lado!
Beijos e benvinda!
Minha linda muito obrigado pela tua presença na minha vida, por tudo o que sempre me deste e darás.
És a minha metade!
Love U!
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